Padrões inconscientes

Ao nascermos numa determinada família, lugar, país e sociedade vivenciamos várias experiências e acabamos por repetir os seus hábitos e crenças.

São estes hábitos, crenças, regras e limitações que fazem parte da nossa estrutura física, sentimental, mental e espiritual.

Os nossos familiares escolheram o nosso nome, disseram-nos quais comportamentos seriam bons e recompensados e quais seriam punidos, o que esperam de nós e o que é bom fazermos ou parecermos para sermos aceites na sociedade.

Quando somos crianças, somos seres dependentes e acreditamos em tudo o que os adultos dizem.

Muitas vezes, aprendemos que determinados comportamentos originam uma recompensa, que nos provoca uma boa sensação, e assim continuamos a fazer o que os outros querem que façamos para podermos obter as recompensas. Com medo de sermos punidos e medo de não ganharmos recompensas, começamos a fingir ser o que não somos apenas para agradar os outros, só para sermos suficientemente bons para as outras pessoas.

Fingimos ser o que não somos porque temos medo de ser rejeitados. O medo de sermos rejeitados torna-se o medo de não sermos suficientemente bons. Mais tarde, acabamos por nos tornar alguém que não somos. Tornamo-nos cópias das crenças da família, da sociedade e dos outros.

São estas as limitações que nos vão condicionar o futuro e o nosso potencial.

É muito importante envolvermo-nos no nosso processo de autoconhecimento.

Ao termos contacto com as nossas limitações, hábitos, crenças e regras que nos condicionaram, revisitando aquele acontecimento e sentindo-o no corpo, podemos dar entendimento e pacificação. “Aquele acontecimento fez parte do meu passado, agora eu escolho mudar.”

Para ser eu próprio e viver de acordo com a minha identidade individual, tenho que reestruturar a minha estrutura, hábitos, crenças, regras e limitações, para depois poder ser o cocriador da minha vida e um participante ao serviço de uma nova sociedade.

Termino esta partilha com uma frase de Carl Gustav Jung.

“O céu estrelado é, na verdade, o livro aberto da projeção cósmica na qual se refletem os mitologemas ou arquétipos. Nessa visão, a Astrologia e a Alquimia, as duas representantes da psicologia do inconsciente nos tempos clássicos, dão-se as mãos.”

Padrões inconscientes (o ambiente familiar e social)

Imagem: www.espacorasgo.com